Quanta Diagnóstico por Imagem leva três estudos científicos a um dos maiores eventos de Cardiologia do mundo

Pesquisas realizadas na clínica curitibana serão apresentadas Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia e Congresso Mundial de Cardiologia, em Paris

Estudos científicos desenvolvidos pela clínica curitibana Quanta Diagnóstico por Imagem serão apresentados no ESC Congress 2019/ World Congress of Cardiology (Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia e Congresso Mundial de Cardiologia), que serão realizados simultaneamente, em Paris, de 31 de agosto a 4 de setembro. São esperados 32 mil profissionais de saúde de 150 países, nesse que é dos eventos mais importantes e aguardados da área de Cardiologia. O destaque da edição deste ano é o tema saúde cardiovascular mundial, com foco nas diferenças, entre as várias regiões do mundo, de prevalência de doenças cardiovasculares, suas manifestações clínicas e as estratégias de prevenção, modalidades de diagnóstico e manejo adotadas.

Segundo o diretor geral da Quanta Diagnóstico por Imagem, o cardiologista Dr. João Vítola, a submissão de trabalhos científicos para apresentação nesse congresso, dada sua importância, é muito rigorosa do ponto de vista científico, e são muitos trabalhos que concorrem no processo de seleção. “A Quanta teve três dos seus trabalhos científicos originais aceitos e reconhecidos, o que é um feito importante também para a cidade de Curitiba e para o Brasil”, afirma. Ele e o diretor de Pesquisa e Inovação e do Serviço de Angiotomografia Coronária da clínica, Dr. Rodrigo Cerci, apresentarão os estudos no congresso. Durante os cinco dias de evento, serão apresentados 4.500 estudos de 400 diferentes temas em cardiologia.

Estudos da Quanta
População de países mais pobres é a que mais sofre e morre com doenças do coração, mas exatamente quais fatores influenciam isso ainda não foi totalmente desvendado pela Medicina. Pode ser a questão socioeconômica ou fatores ambientais, falta de acesso a cuidados de saúde, inatividade física e consumo excessivo de carboidratos. A pesquisa realizada na Quanta investigou se um desses fatores seria a caminhabilidade – termo emprestado do inglês walkability para designar quanto uma região oferece locais para as pessoas caminharem. Foram avaliados 26.810 pacientes com doença coronariana isquêmica. Foi feita a análise da associação entre o nível de renda e o aparecimento da DAC – Doença Arterial Coronariana (obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo do coração) isquêmica e, posteriormente, entre essa associação e a caminhabilidade do local de moradia de cada paciente. O baixo nível de renda foi significativamente associado à DAC isquêmica. E bairros com maiores níveis de renda foram associados a melhor caminhabilidade, mas isso não pôde ser vinculado à associação entre o nível de renda e a DAC isquêmica. “Ainda que a caminhabilidade dos bairros esteja diretamente associada à renda da região, isso não explica a associação entre o nível de renda local e a incidência de doença arterial coronariana”, ressalta o Dr. Cerci, que liderou a condução do estudo chamado de Income level and the prevalence of ischemic coronary heart disease in a low-mid-income country with high social inequalities – influence of neighborhood walkability (Nível de renda e prevalência de doença coronariana isquêmica em um país de renda média a baixa, com altas desigualdades sociais – influência da caminhabilidade na vizinhança).

Outro estudo a ser apresentado pela Quanta é o Safety and Performance of Stress Testing: results from 78220 Nuclear Cardiology Studies performed over 15 years in Brazil (Segurança e Desempenho do Exame de Estresse: resultados de 78.220 Estudos de Cardiologia Nuclear realizados ao longo de 15 anos no Brasil), que, como o nome diz, acompanhou, durante 15 anos, 78.220 estudos com 61.984 pacientes. A conclusão é que exames de estresse cardíaco em cardiologia nuclear são seguros, mas os médicos devem dar atenção especial a pacientes que já tenham doença coronária, principalmente em exames com uso de fármacos. “As taxas de eventos adversos cardíacos graves relacionados ao teste de estresse em cardiologia nuclear foram baixas, embora tenham sido muito mais elevadas com as modalidades de estresse farmacológico”, diz o estudo. “Médicos devem levar em conta o risco inicial do paciente.”

Já o estudo Does positive family history for premature coronary artery disease increase the cardiovascular risk among elderly? (História familiar de doença arterial coronariana prematura aumenta o risco cardiovascular em idosos?), que também será apresentado pela Quanta no congresso, em Paris, concluiu que pessoas com histórico familiar de DAC – Doença Arterial Coronariana têm mais risco de desenvolver essa doença. Aparentemente, esse fato está associado a altos escores de cálcio coronariano (o escore de cálcio é um exame de imagem nuclear nas artérias coronárias). O estudo, no entanto, não pôde concluir se a presença de histórico familiar de doença coronariana prediz também altos escores de cálcio coronariano em idosos da mesma forma que o faz em jovens.

 

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