Problemas de desenvolvimento na infância, como dificuldades motoras, emocionais, auditivas e de aprendizado podem ter melhoras significativas com a Psicomotricidade Relacional. A psicóloga Caroline Domanski Bohatch obteve resultados positivos com o tratamento do seu filho, Rogério, de 3 anos e 7 meses, que possui déficit auditivo e motor. Com um acompanhamento multidisciplinar desde os oito meses de idade, muitas dificuldades só foram superadas após o início das atividades em Psicomotricidade Relacional. “Antes, possuía dificuldade em explorar novas possibilidades. Depois do início das sessões, eu percebi que o Rogério se sentiu mais seguro, perdeu o medo, ganhou mais confiança, começou a se soltar e a falar”, explica a mãe.
O método utiliza o jogo espontâneo e a comunicação infra-verbal, com o diferencial de permitir que a criança ressignifique seus sentimentos de maneira lúdica e positiva. De acordo com Leopoldo Vieira, mestre em Educação Especial pela UERJ e pós-graduado em Movimento Humano pela Boston University, especialista em Psicomotricidade Relacional e diretor do CIAR – Centro Internacional de Análise Relacional, os resultados positivos se devem ao fato do método permitir que a criança possa se expressar livremente em um espaço seguro, tendo o adulto como parceiro neste jogo. “Ela se sente livre para ousar, errar e acertar. A criança consegue ser ela mesma e aceitar como ela realmente é, resolvendo todos os outros problemas consequentemente”, explica.
Outro benefício é ser um tratamento em grupo. “É um grande instrumento de inclusão. Crianças com diferentes dificuldades, comportamentos e demandas participam de um mesmo grupo, respeitando a faixa etária, e assim trabalhamos uma relação de ajuda entre todas elas”, afirma Ana Elizabeth Luz Guerra, psicóloga especialista em Psicomotricidade Relacional do CIAR – Centro Internacional de Análise Relacional.
Para Caroline Domanski Bohatch, esse trabalho em grupo ajuda muito a desenvolver a união, complementaridade, dinamismo e criatividade. “Nessas diferenças, a criança percebe que sua dificuldade pode gerar soluções inusitadas”, conta.