Osteoporose atinge mais as mulheres e após a menopausa

O histórico familiar, alimentação deficiente, falta de exercícios, consumo de álcool, fumo e baixo peso podem ser fatores importantes para a ocorrência da osteoporose. Segundo o ortopedista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Renato Raad, a doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas, sendo que, na maioria das vezes, as fraturas são as primeiras manifestações clínicas. “Fazer exercícios físicos regularmente, dieta com alimentos ricos em cálcio, reposição hormonal em mulheres, durante ou após a menopausa, ajudam a prevenir a doença”, ressalta Dr. Raad.

Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), a doença afeta mais de 15 milhões de brasileiros, especialmente mulheres no período do climatério. “A mulher, após a menopausa, apresenta um decréscimo em torno de 1% de sua massa óssea por ano, ou seja, a reabsorção de cálcio foi prejudicada”, esclarece.

A osteoporose ocorre por conta da perda de massa óssea e da alteração da qualidade do osso e atinge alguns pontos fracos do esqueleto, como a coluna vertebral, punho, quadril e fêmur. A osteoporose, salienta o médico, faz parte do processo normal do envelhecimento, por isso, é também bastante comum em homens idosos. Dr. Raad explica que o baixo consumo de cálcio é fator de risco para desencadear a osteoporose. “O pouco consumo em caráter crônico, principalmente quando iniciado na infância, no momento da formação da massa óssea, acarreta uma má qualidade óssea na fase adulta.”

Fraturas, ossos frágeis, finos e praticamente ocos. Esses são problemas decorrentes da doença. “O estrogênio ‘segura’ o cálcio no osso e quando seu nível abaixa a estrutura óssea tende a ficar menos densa”, complementa o ortopedista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Eduardo Murilo Novak.

O Dr. Novak destaca que essas recomendações também ajudam as pessoas que já possuem a doença. “A alimentação equilibrada e atividades físicas diárias, como: alongamento, RPG, Pilates ou Isostresching, que estimulam a formação óssea e ajudam a corrige a postura, e realizar reforço muscular generalizado, sem esquecer de tomar sol, podem melhorar a vida de quem tem osteoporose”. Entretanto, os medicamentos também são necessários durante o tratamento. “É preciso utilizar diversas classes de medicamentos: o bisfosfonatos, reposição hormonal, SERM (modulador seletivo dos receptores de estrogênio), administração de cálcio e cacitonina”, enumera Dr. Novak.

A importância do cálcio
Embora o leite e seus derivados sejam considerados fontes de cálcio, outros alimentos podem substituí-los. Entre os alimentos ricos em cálcio estão: brócolis, couve, couve-flor, repolho, verduras verdes escuras (com exceção do espinafre), algas marinhas, gergelim integral, amêndoas e feijão. “É necessário ingerir regularmente o cálcio, para manutenção da qualidade óssea, função muscular e outras ações como qualidade no impulso nervoso e colaborar na manutenção da pressão arterial adequada”, esclarece Dr. Novak.

O consumo ideal médio para adultos é de 1.000 mg ao dia e para crianças de 600 a 800 mg ao dia. Já para as mulheres pós-menopausa, o consumo diário indicado é de 1.500 mg ao dia. O consumo máximo não deve superar 2.500 mg/dia, tanto para homens quanto para mulheres. “Caso o consumo seja superior à adequada, pode causar hipercalcêmica, ou seja, tônus muscular frouxo, constipação, grandes volumes urinários, náusea, confusão, coma e até pode levar o paciente à morte”, ressalta Dr. Novak.

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