De acordo com dados de instituições da área médica, de 10 a 20% dos pacientes que passam pela cirurgia de redução de estômago voltam a engordar. “Nos casos de pacientes superobesos (IMC acima de 50Kg/m²) este índice pode chegar a 60% dos casos. Um aumento do peso mínimo de até 10% é normal e esperado, porém, acima disso não”, afirma Dr. Giorgio Baretta, cirurgião geral, cirurgião especialista em cirurgia da obesidade e do aparelho digestivo e vídeo cirurgia, conhecida também como cirurgia endoscópica ou laparoscópica.
Baretta explica que quando um paciente necessita de nova intervenção por causa do reganho de peso acima do normal, uma solução é o plasma de argônio endoscópico.
O nome é complicado, mas, segundo o cirurgião (um dos precursores da técnica no Brasil), o procedimento, realizado por endoscopia e não cirurgia, é minimamente invasivo, praticamente isento de riscos e completamente bem tolerado pelo paciente. Dura apenas dez minutos e o paciente é liberado no mesmo dia, desde que com um acompanhante. No dia seguinte, já está apto a trabalhar, dirigir e realizar suas atividades habituais. É necessária sedação sob supervisão de um médico anestesiologista e o procedimento é realizado, no mínimo, em três sessões com intervalos de oito semanas entre cada uma.
O plasma de argônio é indicado quando o paciente teve reganho de peso porque a saída do estômago, ou seja, a costura entre seu novo estômago e seu intestino desviado (a anastomose gastrointestinal) ficou muito grande ou dilatada, isto é, com um calibre muito grande. Quanto maior esse calibre, mais rápido o estômago se esvazia e mais a pessoa quer comer. O contrário também acontece: a técnica do plasma de argônio diminui o calibre da saída do estômago sem a necessidade de nova cirurgia. “O plasma de argônio é mais uma ferramenta para combater a obesidade – uma condição que traz consigo diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia, apneia, artropatias e outras”, diz.
Entretanto, ressalta Baretta, não pode se submeter ao processo quem não fez a cirurgia bariátrica pelo método by pass, chamado também de Fobi-Capella; pacientes que estiverem com a saída do estômago normal, ou seja, não dilatada; que ainda não estabilizaram seu peso ou, obviamente, não tiveram reganho de peso, gestantes e pacientes que estiverem usando anticoagulantes. Ele lembra, entretanto, que a cirurgia bariátrica é a opção quando esgotados todas as formas de tratamento não cirúrgico. “Só devem ser submetidos à cirurgia aqueles pacientes que vêm tentando perder peso pelo menos nos últimos cinco anos e estão com peso estável nos últimos dois anos”, orienta.
Obesidade no Brasil
Nos últimos seis anos a população de obesos no Brasil cresceu 54%. “Quando indicada, a cirurgia bariátrica melhora enormemente a autoestima, reduz o risco de câncer em vários órgãos, melhora a fertilidade e aumenta o tempo de vida do paciente”, destaca o cirurgião.
Engordar além do esperado após a cirurgia de obesidade não é difícil, basta comer muitos doces, beber muito álcool, ingerir outros alimentos calóricos em demasia, e ser sedentário. Não fazer o pré e o pós-operatório corretamente também pode ser desastroso e provocar outras complicações, como anemia, perda de cabelo, osteoporose, carência de algumas vitaminas, desnutrição e até vômitos excessivos, diarreia, flatos de odor fétido, entre outros.
Sobre a Clínica do Dr. Giorgio Baretta
A clínica do Dr. Giorgio Baretta conta com uma equipe multidisciplinar, preparada para dar um atendimento especializado ao paciente, com ética e comprometimento. O objetivo é proporcionar saúde e bem-estar, promovendo a qualidade de vida.
Mais informações pelo site: www.giorgiobaretta.com.br