O grupo de Neurologia do Instituto de Neurologia de Curitiba (INC) promove no próximo dia 13 de abril, das 9h às 16h, uma campanha de esclarecimento sobre a memória, na Praça da Espanha, em Curitiba. A população será orientada por neurologistas e neuropsicólogos sobre como identificar problemas de memória no jovem e no idoso. “Será aplicado um questionário de autoavaliação com o intuito de mostrar às pessoas a percepção que elas têm de sua memória”, explica a neuropsicóloga, Dra. Samanta Rocha.
A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações segundo a vontade ou a necessidade da pessoa. “Alguns fatores podem influenciar a memória, como idade, sexo, nível de atividade intelectual”, conta a neuropsicóloga. Fatores externos também podem afetar o bom desempenho da memória. “Sono, medicação, equilíbrio endocrinológico, infecções do sistema nervoso central podem comprometer a função e o desempenho da memória”, afirma.
Segundo a Dra. Samanta, a memória pode ser dividida conforme três de suas características. “São considerados o tempo de duração da memória (de curto ou longo prazo), o tipo de lembrança armazenada (palavras ou imagens) e a capacidade de ser realizada conscientemente ou não.” Em cada tipo de memória, uma região do cérebro diferente é ativada. “Podemos distingui-las no cotidiano usando testes neuropsicológicos associados às queixas de cada pessoa. Por exemplo, uma pessoa que se queixa de não se lembrar de um nome tem prejuízo na memória verbal e aquela que não se lembra de um rosto familiar tem prejuízo da memória não-verbal (visual)”, exemplifica.
Há diversas formas de investigar se a memória está funcionando bem. “Ao assistir ao noticiário uma pessoa pode contar para outra o que viu; pode-se fazer caça-palavras ou jogo da memória, e até o tricô e o crochê ajudam a exercitar a memória”, ensina a Dra. Samanta. Para os idosos, a etapa mais importante é tentar recontar as histórias, como fábulas ou contos infantis, sem utilizar livros. “Depois de ler algumas histórias, dá para brincar de lembrar os nomes dos personagens”, sugere. Atividades físicas e cognitivas ajudam na prevenção da perda da memória. “É importante que o exercício físico seja feito aliado à diminuição do estresse para que a memória não seja tão afetava”, completa.
Segundo a neuropsicóloga, a perda de memória recente é mais acentuada em pessoas que têm doenças associadas ao envelhecimento. “A doença de Alzheimer é uma das condições que pode levar à perda de memória, mas outras situações, como transtornos da tireoide, efeitos colaterais de medicações e distúrbios de sono podem ser condições facilmente reversíveis”, explica.
Sobre o grupo de neurologistas do INC
O INC conta com um grupo de neurologistas especializados no atendimento a doenças que comprometem a capacidade neurológica. A equipe é referência nacional no tratamento de várias doenças neurológicas. Sob o comando do neurologista Pedro Kowacs, fazem parte da equipe os neurologistas Dr. Henry Koiti Sato, Dra. Maria Tereza Moraes de Souza Nascimento, Dr. Ricardo Krause, Dr. Rodrigo Tomazini Martins, Dra. Vanessa Rizelio e a neuropsicóloga, Samanta da Rocha.