De acordo com os dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cefaleia e a Academia Brasileira de Neurologia, existem diversos tipos de cefaleias crônicas, que afetam mais de 20% da população. Porém, são as mulheres que mais sofrem com a dor: 60% delas possuem a doença e em mais da metade dos casos, o impacto da dor é de moderado a intenso. Segundo os especialistas, mais de 200 causas podem levar às dores de cabeça, entre elas: a má alimentação, a falta ou pouca atividade física, o estresse, e nas mulheres estão relacionadas as questões hormonais e o uso de contraceptivos. “A ações dos hormônios femininos potencializam o surgimento da enxaqueca. Além disso, não existem formas de prevenção, pois é hereditária”, afirma o neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Cleverson Gracia.
O médico ressalta que a consulta médica é fundamental para o diagnóstico e tratamento das doenças neurológicas. “Conforme o histórico de cada paciente e os sintomas apresentados é definido os exames e tratamentos adequados”, explica. As gestantes também devem redobrar os cuidados, pois a enxaqueca, diz Dr. Gracia, pode complicar durante a gravidez.
Os sintomas mais comuns da enxaqueca entre as mulheres são: dor forte, latejante e unilateral. “Geralmente ocorre ainda a fotofobia (dificuldade de olhar para a luz), fonofobia (reação negativa a qualquer barulho), náuseas e vômito”, enfatiza.
Já a dor de cabeça, dor contínua ou quase diária, ocorre em todas as idades, porém as mulheres jovens ainda são a maioria entre a população atingida. De acordo com o Dr. Gracia uma das maneiras de prevenir a doença é por meio das medicações. “Porém é necessário consultar um especialista para verificar a intensidade, frequência e fatores desencadeantes”, ressalta.
O tratamento para a doença vai depender da causa. “Os remédios profiláticos, que evita sua propagação tem excelentes resultados. Sempre acompanhado de atividade física e mudança de hábitos de vida”, orienta o neurologista e acrescenta. “O segredo para evitar as crises sem medicação é não exagerar nas refeições, bebida, trabalho, estresse, estudo, exercícios, sono, chocolate, vinho e queijo, por exemplo”.