No dia 26 de abril foi lembrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), cerca de 30% da população brasileira é hipertensa. Por se tratar de uma doença silenciosa, ou seja, quase sem sintomas, a Sociedade Paranaense de Cardiologia (SPC) alerta que é preciso observar melhor os sinais que o corpo emite. “Alguns pacientes só descobrem que são hipertensos quando ocorrem complicações, como um Acidente Vascular Cerebral, por exemplo, ou na hora de fazer um check-up”, ressalta diretor financeiro da Sociedade Paranaense de Cardiologia, Dr. Andre Langowiski. Por isso, o cardiologista destaca alguns sintomas que podem ser indícios de pressão alta: dor de cabeça muito forte, tontura, zumbido no ouvido ou palpitações.
A hipertensão pode ocorrer na infância, mas é mais comum na terceira idade. “A frequência aumenta com a idade, desde uma prevalência de 5% nas crianças e adolescentes, até mais de 50% nos idosos”, alerta Dr. Langowiski. Os fatores que contribuem para o número elevado, de acordo com o médico, estão ligados ao estilo de vida atual. “Os alimentos industrializados, que são muito consumidos atualmente, possuem maior teor de sódio e conservantes do que numa alimentação balanceada. Isso prejudica a saúde e colabora para o desenvolvimento da pressão alta”, explica. Mas, não é só isso: o sedentarismo, a obesidade, o estresse e o tabagismo são outros hábitos que ajudam a elevar o número de hipertensos. De acordo com SBH, a hipertensão é responsável por 40% dos infartos, 80% dos AVCs e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. “Quanto maiores os fatores de riscos, mais aumentam as chances de complicações cardíacas e o impacto na geração de outras enfermidades”, frisa o cardiologista.
O tratamento para o problema depende de cada pessoa. “O paciente terá metas para atingir com a finalidade de diminuir os níveis de pressão arterial até mudar o estilo de vida”, salienta. Em muitos casos a combinação é de medicamentos e mudança de hábitos.