Uma série de fotos da revista norte-americana Vanity Fair Holywood 20ª Edição, que sai em março, mostra algumas celebridades sem maquiagem, como Julia Roberts, Scarlett Johansson e Brad Pitt. Que eles topem a parada não surpreende, mas será que a atriz e apresentadora Oprah Winfrey, de 60 anos, que reconhece não ter um físico que o padrão cultural e midiático aceite como “belo”, precisou de coragem extra? Oprah, de infância pobre, e tendo sofrido abuso sexual por pessoas da própria família, enfrentou o racismo e os preconceitos contra a mulher e é, hoje, uma das pessoas mais poderosas, ricas e famosas dos Estados Unidos, considerada dona de um carisma irresistível, além de uma grande benfeitora. Muito provavelmente, soube enfrentar seus pontos fracos e potencializar seus pontos fortes, construindo uma autoestima à prova de fracassos e uma imagem que conquistou fãs no mundo todo.

“O fato é que a verdadeira beleza não tem nada a ver com formas, curvas e afins, mas está além de tudo isso e, ao mesmo tempo, ao alcance de todos nós”, afirma a psicóloga Gisele Meter, que é consultora estratégica em gestão de pessoas e gestão de mudança organizacional.

Para a psicóloga, uma das formas de trazer à tona a beleza interior é destacar os pontos fortes da personalidade, capacidades, habilidades, talentos e saber lidar com os pontos fracos. “Nossos pontos fortes podem ser destacados de diversas maneiras e de forma consciente às pessoas certas e no momento adequado”, esclarece. Gisele explica que quando uma pessoa destaca seus pontos fortes, está “vendendo” aquilo que sabe que tem de melhor. Porém, caso essa venda não seja feita adequadamente, um potencial positivo enorme pode ser interpretado como arrogância ou prepotência, neutralizando as competências do “vendedor”.

A psicóloga lembra que ressaltar um ponto forte não é se exibir e, muitas vezes, nem ficar falando sobre isso e sim saber se colocar em situações em que o ponto fique em evidência e possa ser utilizado. Por isso é importante estar atento aos momentos e às pessoas certas. “Quando as condições são ideais, seu ponto forte, além de ser estimulado e reconhecido, ainda pode beneficiar outras pessoas”, afirma.

Autoconhecimento
Nem sempre é fácil reconhecer os pontos fortes e fracos e a dica de Gisele é o autoconhecimento por meio da reflexão e observação de si mesmo. Mas, também vale perguntar para alguns amigos próximos e familiares quais são seus pontos fortes. “É comum passarmos imagens nossas sem percebermos. Assim, deve ser profunda a reflexão sobre comentários vindos de outros”, salienta.

A consultora faz um alerta a respeito da identificação dos pontos fracos, que é um momento delicado. “Pode-se tentar fugir das respostas já que não é fácil admitir fraquezas. Mas, se tivermos em mente que precisamos conhecer todos os aspectos do nosso ser, podemos ter mais controle sobre as fraquezas, encararemos nossos medos”.

Gisele ensina que, ao analisar os pontos fracos, é necessário decidir se vale a pena fortalecê-los ou não. O aprimoramento sempre é válido e há algumas competências que sempre são necessárias, mas é importante não desperdiçar energia com algo que não trará resultados.

Sobre Gisele Meter
Gisele Meter é psicóloga (CRP 08/18389), empresária, diretora executiva de Recursos Humanos, palestrante, consultora estratégica em gestão de pessoas e gestão de mudança organizacional. Colunista de portais e sites voltados ao público feminino e de Administração, ela também é a idealizadora do método Life® – Liderança Feminina Estratégica para o desenvolvimento de líderes nas empresas. Mais informações pelo site www.giselemeter.com.br.