Antes de assinar um contrato, preste atenção em todas as taxas de juros e cláusulas que podem parecer abusivas

O Paraná foi o terceiro estado com maior volume de financiamento de veículos novos e usados no último mês de março, somando 37.871 unidades, mostrando uma alta de 21,9% em relação a fevereiro, de acordo com um levantamento realizado pela Unidade de Financiamentos da Cetip, que opera o maior banco de dados privado de informações sobre financiamentos de veículos do país, o Sistema Nacional de Gravames (SNG).

Mas, na hora de realizar o negócio, é preciso ficar atento a diversos detalhes para não ter problemas financeiros futuros, como explica Gennaro Cannavacciuolo, consultor da Fiel Consultoria. “Antes de assinar o contrato de financiamento, o consumidor precisa verificar se todos os dados financeiros da negociação constam no documento, como a TAC (Taxa de Abertura de Crédito), TEC (Tarifa de Emissão de Carnê/Boleto), taxas de juros mensais, CET (Custo Efetivo Total) do contrato, a forma de capitalização dos juros, entre outros”, afirma.

Se for negociado algum detalhe extra também é preciso constar no contrato de compra e venda. “É necessário ter todas as condições de negociação explícitas: se o cliente ganhou o emplacamento, se outro carro foi negociado como uma parte do pagamento ou outra vantagem. É indispensável que o preço do item conste no contrato, pois muitos lojistas não declaram isso e acabam descontando até metade do valor que o cliente pagou”, salienta.

O consultor esclarece que existem diversos abusos que são cometidos por bancos ou financeiras na hora de fazer um contrato, como, não enviar o contrato para o cliente no prazo de 30 dias. “Nesses casos, o consumidor deve procurar a instituição e reclamar seu contrato. Se for o caso, deve fazer uma reclamação no Bacen (Banco Central do Brasil)”, orienta.

As taxas de juros, geralmente, são muito altas, e podem atingir mais de 30 vezes a taxa de juros básica do Banco Central. “O cálculo das parcelas é feito por meio de uma fórmula que capitaliza os juros e aumentou o valor total do contrato em, pelo menos, 20%”, revela Gennaro Cannavacciuolo. Quando existe atraso no pagamento de parcelas, as multas também costumam ter valores maiores do que aqueles firmados em contrato. “Há cobrança de comissão de permanência, ou seja, os juros cobrados em cima das parcelas em atraso são bem mais alto do que o cobrado no contrato e ainda tem a multa e a capitalização de juros”, ressalta.

Quando o cliente não consegue pagar suas dívidas, o banco ou a financeira podem apreender o veículo com apenas um mês de atraso. Porém, na prática, nem sempre isso ocorre. “O que costuma acontecer é uma pressão muito forte para o cliente pagar. Já vimos clientes receberem inacreditáveis 20 ligações em um único dia! Normalmente, após três parcelas atrasadas, os bancos e financeiras costumam propor uma renegociação, mas a apreensão do carro pode ser feita antes disso”, alerta o consultor da Fiel Consultoria.

O cliente com dificuldades financeiras deve procurar uma renegociação, mas tomar cuidado com a oferta do credor. “Essa negociação, muitas vezes, têm juros ainda maiores do que o contrato. O certo é buscar empresas ou profissionais especializados para ajudar na renegociação. O argumento fundamental da negociação é a dificuldade financeira do mutuário, tendo em vista as severas condições contratuais impostas pelo banco ou financeira”, observa Gennaro Cannavacciuolo.

Sobre a Fiel Consultoria
A Fiel Consultoria é uma empresa com mais de dez anos de atuação no mercado, que presta assessoria e consultoria para renegociação de dívidas de pessoas e empresas junto às instituições financeiras. Conta com uma equipe multidisciplinar, que envolve consultores, advogados e negociadores para fazer um diagnóstico individualizado das possibilidades de redução de dívidas. A empresa está presente nas cidades de Curitiba, Londrina e Maringá, no Paraná. Mais informações pelo site www.jurosabusivo.com.br

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