Ter uma boa rede de contatos profissionais é imprescindível. Com o surgimento das redes sociais, muitas pessoas viram nesses meios o lugar perfeito para aumentar seu network. “A consolidação das redes sociais impulsionou a formação de grupos de contatos profissionais. Inicialmente, houve um verdadeiro frenesi que gerou muita especulação e exagero. Muitas pessoas se registraram em dezenas de redes sociais e mantiveram-se conectadas a todas elas, tornando-se viciadas, verificando a cada minuto se recebiam mensagens ou atualizações”, avalia o escritor e professor Marcus Garcia, mestre em Ciência, Gestão e Tecnologia da Informação. Ele é autor do livro Pedagogia Empresarial – Saberes, Práticas e Referências, sobre o mercado corporativo.
Para ter um bom grupo de relacionamento não é preciso uma grande lista de profissionais, apenas aqueles com potencial suficiente para fortalecer relações de trabalho. “Deve-se buscar perfis profissionais complementares ao seu. O verdadeiro network profissional privilegia o conhecimento e a competência”, ensina o professor.
As redes sociais podem ser usadas para manter contato com aqueles profissionais que são sua “primeira opção” para um projeto ou contratação, mas não é só isso. “Na hora de efetivar uma avaliação de oportunidade, prospecção para contratação, solicitação de proposta de trabalho ou convite para participação em algum evento é melhor o contato pessoal ou por telefone”, ressalta Garcia.
Network não é troca de favores
Uma questão delicada é como selecionar as pessoas que farão parte da rede de relacionamento e não misturar amizade com trabalho. Amigos que trabalham juntos e se apoiam para realizar projetos que sejam de interesse comum, podem ser facilmente discriminados, explica Marcus Garcia. “O que não pode acontecer na formação de uma rede que tem a pretensão de ser sólida e vantajosa é confundir amizade, coleguismo e troca de favores com o objetivo profissional”, enfatiza. “O uso da influência pessoal para proteger ou promover um profissional somente por interesse ou amizade, que não tenha a competência ou capacitação para determinada atribuição, só prejudicará uma das partes – ou ambas. Network não é ferramenta para troca de favores!”
O ambiente de trabalho é o primeiro local onde se deve criar, fortalecer e expandir um grupo de relacionamento. “Uma rede sólida faz uso efetivo do conhecimento e reconhecimento que existe dentro de uma empresa para gerar oportunidade de atuação em conjunto”, observa o professor e acrescenta: “é preciso conhecer as potencialidades de seus colegas, para que à medida que elas sejam aplicadas na realização de projetos conjunto, a busca por outros profissionais fora do ambiente de trabalho, do convívio social ou acadêmico, por exemplo, aconteça naturalmente.”
E quando se deve fazer os contatos para não ser considerado importuno? De acordo com Marcus Garcia profissionais que mantém relações de trabalho próximas podem se comunicar diariamente, várias vezes ao dia. Já aqueles que não trabalham próximos, mas se apoiam profissionalmente, podem manter contatos semanais para se atualizar sobre suas áreas de atuação.
Professor Marcus Garcia
Com formação na área de Educação e Tecnologia da Informação, o professor Marcus Garcia leciona há 30 anos e é palestrante há 15. Já escreveu 16 livros nas áreas técnicas, motivacionais e educacionais, entre eles “Sucesso: uma questão de identidade” e as séries “Educação Profissional” e “A Escola no Século XXI”. Para mais informações sobre o palestrante, é só acessar o site: www.marcusgarcia.pro.br
