Cigarro ainda é a principal causa do câncer

A prevenção e o controle de câncer estão entre os mais importantes desafios da atualidade. De acordo com estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 140 mil pessoas morrem todos os anos no Brasil vítimas de câncer. No Dia Nacional do Combate ao Câncer, lembrado em 27 de novembro, o cancerologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Fernando Chicoski, ressalta que o principal causador é o tabaco. “Muita tosse, falta de ar, escarro com sangue, rouquidão e feridas na boca podem ser alguns dos sinais de câncer”. O médico enfatiza que na maioria dos casos não há indícios no estágio inicial, apenas quando a doença está avançada.

Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os cânceres mais comuns são os de pulmão, mama, colo-retal, estômago e fígado, que juntos respondem por quase metade dos novos casos de câncer que surgem no mundo a cada ano. No Brasil, o INCA estima que em 2011, cerca de 27 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer de pulmão, o tipo que mais mata no país.
Para o pneumologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, João Adriano de Barros, o cigarro também está ligado à origem de outros tumores malignos. “Podemos enfatizar o câncer de boca, laringe, bexiga, esôfago, pâncreas e estômago. Esses tipos de neoplasias são de difícil controle e tratamento”, conta.

A fumaça do cigarro também pode prejudicar o organismo, pois a temperatura alta agride a mucosa brônquica. Sozinha, a fumaça contêm cinco mil substâncias, entre elas as cancerígenas, como os hidrocarbonetos cíclicos. “O monóxido de carbono ao ser inalado diminui a oxigenação do organismo e, consequentemente, do cérebro, coração e rins”, salienta o pneumologista.

O tratamento é específico para cada tipo de câncer e pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Dr. Chicoski explica que ao fumar a pessoa pode comprometer o tratamento do câncer mesmo quando o cigarro não é a causa da doença. “Uma pessoa com câncer de intestino que seja fumante pode ter complicações, como bronquite crônica, além de aumentar o risco de problema em uma possível cirurgia”, aponta.

Diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce é a melhor forma de tratamento. O exame por imagem PET/CT (tomografia por emissão de pósitrons/tomografia computadorizada) consegue diagnosticar determinados tipos de tumores na fase inicial e com alta precisão. “O PET/CT é um exame de alta precisão e tem indicações em diversos tipos de câncer, como: linfoma, melanoma, sarcomas, câncer de pulmão, mama e colorretal”, esclarece o médico nuclear Dr. Juliano Cerci, diretor do Serviço de PET/CT da Quanta Diagnóstico e Terapia.

Com o exame, é possível avaliar o funcionamento dos órgãos e tumores e além de sua anatomia. Em alguns casos, pode-se detectar as alterações funcionais antes de se observar as anatômicas na tomografia convencional. Assim, o exame permite avaliar a extensão da doença e auxiliar na definição do melhor tratamento para cada paciente. “Também podemos acompanhar a resposta terapêutica, ou seja, analisar se o tratamento está sendo efetivo, podendo potencialmente minimizar os efeitos tóxicos do tratamento”, ressalta Dr. Juliano Cerci.

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