Check-up periódico da pele ajuda a preservá-la e evita doenças

A pele é o maior órgão do corpo humano e, por isso mesmo, merece muita atenção. De acordo com o médico Lincoln Fabrício, da Sociedade Brasileira de Dermatologia – regional Paraná (SBD-PR), o check-up da pele deve ser feito, pelo menos, uma vez ao ano, principalmente no caso de pessoas mais claras e que tiveram forte exposição solar. Entretanto, o próprio paciente, a cada três meses, deve fazer em casa o autoexame, observando a sua pele e verificando se tem algo diferente. “No check-up diagnosticamos doenças inflamatórias, infecções fúngicas ou bacterianas, comuns no início do ano, e também possíveis cânceres de pele”, explica o Dr. Lincoln Fabrício.

A dermatologista, também membro da SBD-PR, Dra. Karin Helmer, complementa que os check-ups abrangem a revisão geral da pele. “Examinamos detalhadamente, em busca de sinais suspeitos de câncer de pele, lesões pré-cancerosas e algumas dermatoses muito frequentes no verão e que são transmissíveis nas praias e piscinas como as micoses e as verrugas”, esclarece a Dra. Karin.

São avaliados todo tipo de pinta preta que pode não ser apenas um simples nevo, mas um melanoma cutâneo – câncer grave pelo risco de metástases. “Pequenos ferimentos que não cicatrizam e que apresentam pequenas crostas podem ser sinal precoce de câncer da pele, como o carcinoma basocelular, o tipo mais comum de câncer”, relata o Dr. Lincoln Fabrício. Ele destaca que o melanoma cutâneo, tipo de câncer que pode ser fatal, se parece com uma “pinta” comum (os chamados nevos) e, por isso mesmo, é preciso avaliar as lesões névicas de forma muito minuciosa.

A dermatologista Dra. Sineida Ferreira, membro da SBD-PR de Maringá, acrescenta que no exame, o especialista fica atendo a lesões pré-malignas (ceratoses actínicas), que se apresentam como manchas avermelhadas e ásperas. Essas manchas, que ocorrem com maior frequência na face, nos membros superiores, nas orelhas e no couro cabeludo, são precursoras do carcinoma epidermóide, mas podem ser tratadas profilaticamente.

A Dra. Karin Helmer recomenda que pessoas que apresentarem alguma lesão suspeita de malignidade, como ferida que não cicatriza, pinta com aumento rápido de tamanho ou mudança de coloração, e algum sinal de micose, como manchas nas costas, vermelhidão e descamação entre os dedos dos pés ou nas virilhas, devem procurar ajuda médica.
Psoríase

A Dra. Sineida lembra, ainda, que outras doenças de pele, como dermatoses crônicas, que hoje têm novas abordagens terapêuticas, podem ser detectadas e servir de alerta para um maior cuidado de saúde. É o caso da psoríase, que hoje é vista não apenas como uma doença de pele, mas como uma doença imunomediada (auto-imune), que apresenta grande associação de risco cardiovascular, o que deve levar o paciente a buscar acompanhamento médico adequado e monitoramento de risco cardíaco.

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