Congressistas puderam discutir sobre doenças cardiovasculares e participar de treinamentos sobre insuficiência cardíaca
Curitiba recebeu nos dias 24 e 25 de abril, o 42º Congresso Paranaense de Cardiologia, no Expo Unimed. Promovido pela Sociedade Paranaense de Cardiologia (SPC), o evento contou com a participação de cerca de 600 profissionais, que tiveram a oportunidade de discutir temas, dúvidas e situações do cotidiano da cardiologia paranaense.“O evento foi um sucesso! Nossa proposta é sempre atualizar o médico e, quando decidimos os assuntos que serão abordados, pensamos no padrão paranaense, em como vamos ajudar no aprimoramento do atendimento de nosso paciente local”, explica o presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia, Dr. Osni Moreira Filho. “Nosso desafio foi manter a qualidade de palestras e conseguimos, pois, foi possível observar um público mais interessado e participativo”, afirma o presidente dessa edição do Congresso, Dr. Gerson Luiz Bredt Júnior, que também é diretor Científico da SPC.
Nesta edição, os congressistas puderam participar, na sexta-feira, 24, do treinamento Savic – Suporte Avançado de Vida em Insuficiência Cardíaca, criado pelo cardiologista paranaense, Dr. Manoel Fernandes Canesin, em conjunto com os paulistas Dr. Mucio Tavares de Oliveira Junior e Dr. Antônio Carlos Pereira Barreto, e que será apresentado no próximo Congresso Europeu de Cardiologia, em Londres, na Inglaterra. “A ideia de desenvolver o programa surgiu da necessidade de treinar os médicos cardiologistas e sistematizar o atendimento do paciente dentro de hospitais e consultórios. Conseguimos aprimorar técnicas e colaborar para uma melhora nas consultas. É importante lembrar que, hoje, a insuficiência cardíaca é a terceira causa de internação no Brasil, ou seja, cerca de três milhões de pessoas sofrem com a doença”, comenta Dr. Mucio Tavares.
A palestra magna do Congresso foi proferida pelo presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dr. Angelo Amato Vincenzo de Paola, que abordou a visão da SBC com relação à saúde cardiovascular no Brasil. “As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no mundo e devemos aliar nosso conhecimento para desenvolver e aprimorar nossa visão assistencial no atendimento público e privado de saúde”, afirma. De acordo com ele, a Cardiologia vai continuar em forte crescimento e precisará, cada vez mais, de novos profissionais. “Hoje, cerca de ¾ da população brasileira necessita do Sistema Único de Saúde. Por isso, devemos focar nos profissionais da atenção primária, para oferecer melhor qualidade de vida para nossos pacientes.” O cardiologista aproveitou a oportunidade para lembrar que o 70º Congresso Brasileiro de Cardiologia ocorrerá em Curitiba, entre os dias 18 a 21 de setembro.
Participação dos cardiologistas
O diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da Sociedade Paranaense de Cardiologia, Dr. Abdol Hakim Assef, reforçou a satisfação em ver a participação mais assídua dos cardiologistas. “Superamos em 20% a participação de nossos colegas e pudemos oferecer uma programação científica de alto nível e treinamentos que ajudam na aprendizagem e diminuição de riscos de complicações e de morte em consultórios”, disse. O cardiologista também comemora a oportunidade de rever amigos e trocar experiências. “Durante o Congresso conseguimos estreitar amizades, discutir assuntos da profissão que não temos tempo no dia a dia e reencontrar amigos de longa data.”