As festas de final de ano estão próximas e nessa época é comum fogos de artifício, buzinas e carro de som, tudo para celebrar com muita alegria. Entretanto, todo esse barulho pode prejudicar a audição. De acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (SBORL), a exposição a sons intensos é a segunda causa mais comum de deficiência auditiva. “A exposição a um som alto, podendo ocorrer em algumas vezes ou apenas em uma única exposição, já é suficiente para levar a um dano auditivo irreversível”, aponta o cirurgião otorrinolaringologista, chefe da equipe do Hospital Iguaçu, Dr. Maurício Buschle.
Ansiedade, alterações de humor, irritabilidade e hipertensão arterial também são consequências de um longo tempo exposto ao som. De acordo com o Dr. Buschle, ruídos acima de 85 decibéis são prejudiciais. Quanto mais repetitivo ou mais alto (acima de 120 db), maior será o dano às células ciliadas da cóclea (órgão responsável pela audição sensorial), o que pode levar à surdez. “Um ruído perto de 85 decibéis equivale a um grito”, compara o especialista.
A exposição ao ruído também pode provocar zumbido. “O ruído é percebido sem que uma fonte externa o produza. Acontece quando há um aumento dos impulsos elétricos que a via auditiva envia ao córtex cerebral, geralmente, como consequência de uma perda auditiva”, enfatiza o Dr. Buschle.
Algumas pessoas podem ter alguma alteração na audição e não perceber o problema. Por isso, o Dr. Buschle orienta consultar um médico otorrinolaringologista uma vez ao ano. Nos casos de surdez genética é essencial fazer o diagnóstico de surdez profunda, principalmente nos bebês. “O mais importante é procurar um especialista para avaliar se há alguma complicação e se existe a necessidade de solicitar alguns exames complementares, que são mais específicos”, orienta Dr. Buschle.
Ficar longe dos carros, caixas de som ou de fogos de artifícios pode evitar que a audição sofra algum dano. “Esses equipamentos têm uma potência alta, que permite que se ouça a uma grande distância. Ficar muito próximo dessa fonte sonora pode comprometer a audição”, alerta o médico.
Tratamentos
Se a pessoa sentir alguma mudança na sua audição deve procurar a ajuda de um médico, pois casa caso será avaliada especificamente. Uma opção para tratar o zumbido é a terapia acústica. “Empregamos ruídos alternativos para estimular o paciente a ignorar o zumbido ou, pelo mesmo, conhecer outros sons existentes”, explica o médico.
Nos casos de pacientes com perda auditiva, zumbido e intolerância ao som, o uso de amplificação sonora por meio de aparelhos auditivos também contribuem para o tratamento. “É necessário cuidar da falta de entrada de sinais sonoros, pois a via auditiva do paciente está em silêncio. Devido à lesão na cóclea que envia estímulos elétricos irregular. Isso faz com que o cérebro tenha facilidade para perceber onde está esse zumbido”, aponta o Dr. Buschle.
O médico explica que o zumbido se intensifica, quando a via auditiva não recebe os sons. “Quando coloca trânsito de sons o paciente não percebe o zumbido, e quem promove isso é o aparelho auditivo. Você ensina o cérebro que esse sinal não é importante e quando ele aprender vai descartar o zumbido rapidamente”, destaca o Dr. Buschle.
O implante coclear é também alternativa de tratamento para pessoas com zumbido e perda auditiva profunda. “Ele contém um dispositivo que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal para o nervo auditivo, a fim de ser decodificado pelo córtex cerebral”, esclarece o médico. Porém o Dr. Buschle faz uma ressalva. “A eficácia do tratamento do zumbido dependerá da causa do problema e da resposta individual do paciente ao tratamento, isso dependerá de cada caso”, afirma.
Exames auditivos
O médico explica que a solução para uma perda auditiva depende da causa. “Uma audição que tem alteração pode ser tratada com medicamento, cirurgia, aparelhos auditivos tradicionais ou implante”, enumera.
Para saber se há algum problema auditivo ou sempre que houver algum sintoma, alguns exames devem ser feitos. São eles:
- Teste da Orelhinha: Exame de audição aplicado em recém-nascidos;
- Audiometria e impedânciometria anuais: Aplicado em crianças em idade escolar;
- Audiometria anual: Aplicado em trabalhadores expostos a ruídos acima de 80db;
- Potencial auditivo de tronco encefálico, potencial auditivo de estado estável e potencial auditivo central, entre outros.
Hospital Iguaçu
Fundado em 1993, o Hospital Iguaçu é especializado em otorrinolaringologia. O Hospital está na vanguarda em muitos procedimentos, especialmente em Audiologia e Cirurgia Otológica, realizadas para implantes auditivos. O Hospital é destaque nacional nas cirurgias de Implante Coclear e também realiza outras cirurgias, como a do Implante Baha, além de procedimentos de rinoplastia, tratamentos antialérgicos e de rotina na área.