Consultor explica que praticamente todos os contratos tem a capitalização de juros, ou seja, os famosos juros abusivos

Você já deve ter ouvido falar em juros abusivos. Mas, sabe se realmente existem e como identificá-los? De acordo com o consultor e gerente jurídico da Fiel Consultoria, Cristian Miguel, praticamente todos os contratos financeiros possuem capitalização de juros, o famoso “juros sobre juros”. “Os bancos dizem que a parcela é fixa e o cliente assinou um contrato que tinha juros. Mas, eles costumam capitalizar os juros por meio de sistema de cálculo chamado tabela price, que faz com que os juros incidam mês a mês sobre o valor da parcela e dos juros pré-estabelecidos”, afirma.

Por esse sistema, o valor de uma parcela que, por exemplo, deveria ser sempre R$ 100 mais 1% em todos os meses de pagamento do contrato, se transforma em R$ 101 mais 1% no segundo mês e assim por diante, como explica o consultor. “O banco faz com que incida mês a mês juros sobre juros. Então, no segundo mês, quando o cliente deveria pagar somente 1%, vai pagar 1% sobre aquele 1% de juro que já paga e assim sucessivamente. Isso é um abuso! O banco não tem que lucrar sobre o que já lucrou”, salienta.

Os juros são permitidos, entretanto, são dois tipos que podem incidir nos contrato: os juros remuneratórios, que é o lucro do banco e os juros compensatórios, ou seja, a compensação para o banco que vai ficar sem aquele dinheiro durante o período do empréstimo. “O problema é que os bancos capitalizam esses juros e ainda revendem o dinheiro que compram com juros muito maiores do que aqueles que buscaram no mercado”, ressalta Cristian Miguel e acrescenta: “O dinheiro é obtido pelos bancos com base na taxa Selic, que muda a cada 45 dias e hoje tem juros em torno 13,6%, e revendido para o mercado em geral com juros de até 60%.”

E se ninguém quisesse esse dinheiro, a taxa de juros não diminuiria? O consultor diz que não, já que os bancos sempre estão atrás de lucros desenfreados, achariam outras maneiras de repassar isso por meio de outros tipos de empréstimos, compras de títulos, entre outros. “Tudo depende da boa vontade e da ganância do banco. Eles podem trabalhar com juros menores, contudo, se aproveitam do fato do consumidor precisar do dinheiro e que vai acabar pagando”, conta.

Mas, nem tudo está perdido “Contratos imobiliários, geralmente, não tem capitalização de juros. Claro que é preciso analisar cada caso, mas não é comum que tenham juros abusivos. Os contratos de consórcios também não têm. É sempre somente o valor do imóvel e taxa administrativa. A parcela só sobe se houver a valorização do bem”, explica Cristian Miguel.

Por mais que o banco afirme que o cliente assinou o contato e sabia dos juros, é possível contestar. “É muito difícil identificar a capitalização de juros em um contrato no momento da assinatura, geralmente, só profissionais com experiência conseguem. Por isso, em caso de dúvida, sempre procure empresas ou profissionais especializados para reavaliar seu contrato. Existem altos índices de negociações favoráveis, que podem diminuir o valor do contrato, retirando a capitalização de juros”, recomenda o consultor da Fiel Consultoria.

Sobre a Fiel Consultoria
A Fiel Consultoria é uma empresa com mais de dez anos de atuação no mercado, que presta assessoria e consultoria para renegociação de dívidas de pessoas e empresas junto às instituições financeiras. Conta com uma equipe multidisciplinar, que envolve consultores, advogados e negociadores para fazer um diagnóstico individualizado das possibilidades de redução de dívidas. A empresa está presente nas cidades de Curitiba, Londrina e Maringá, no Paraná. Mais informações pelo site www.jurosabusivo.com.br.

Endereços e telefones:
Unidade Curitiba (Matriz) – Voluntários da Pátria, 301 – 8º andar – Centro
Telefone: (41) 4020-3435
Unidade Londrina – Av. Paraná, 453 – sala 303 – Centro.
Telefone: (43) 3026-7025
Unidade Maringá – Av. João Paulino Vieira Filho, 672 – Zona 1
Telefone: (44) 3224-0196
Unidade Joinville – Rua Nove de Março, 485 – sala 504 – Ed. Fraitag – Centro
Telefone: (47) 3027-7407

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