A alimentação orgânica não é mais um tema alternativo, mas pode ser a alternativa para promover a sustentabilidade na saúde. Essa é a afirmação da nutricionista Elaine Azevedo, especialista em Nutrição Antroposófica e doutora em Saúde Coletiva. “Os alimentos os orgânicos são isentos de contaminantes químicos sintéticos como agrotóxicos, adubos sintéticos, drogas veterinárias, hormônios e antibióticos. São alimentos de origem integral, provenientes de um solo equilibrado, que não sofreram processos de refinamento, de irradiação e adição de aditivos químicos sintéticos”, explica.
O tema será abordado em um curso entre os dias 26 e 28 de abril, no qual a especialista e o clínico geral e anestesiologista, Dr. Wanderson Carvalho, coordenador do Intercâmbio Cientifico, falarão sobre medicina com ênfase em sustentabilidade, Medicina Integrativa no Sistema Único de Saúde (SUS), Nutrição Antroposófica, partículas subatômicas e suas correlações com a saúde humana, animal e planetária e todos os conhecimentos de alimentação orgânica e biodiâmica. “A alimentação orgânica respeita muito os limites do sistema imunológico humano. Este sistema é muito exigente, e qualquer alteração do meio externo ou do meio intracelular pode ativar, de imediato, mudanças na expressão gênica do indivíduo que recebe o alimento alterado”, alerta Dr. Wanderson Carvalho.
Entretanto, não é somente o alimento orgânico que trata a doença, e sim a retirada das substancias tóxicas que estão presentes nos alimentos convencionais. “São as toxinas acumuladas diariamente que induzem o aparecimento de doenças. Metais pesados são altamente prejudiciais para o bom funcionamento do nosso sistema enzimático. Quando passamos a ingerir alimentos orgânicos, instantaneamente deixamos de ingerir substâncias nocivas para o nosso organismo. Neste instante iniciamos um processo de desintoxicação do organismo”, afirma.
Ainda mais benéficos que os produtos orgânicos são os alimentos biodinâmicos. “Esse tipo de agricultura é a mais exigente das agriculturas. Um agricultor biodinâmico segue o calendário lunar, o movimento dor planetas do sistema solar, utilizam os fitoterápicos na terra e a homeopatia agrícola. Todo o alimento biodinâmico é obrigatoriamente orgânico, mas nem todos os alimentos orgânicos são biodinâmicos. A agricultura biodinâmica, de Rudolf Steiner, é a maioral em questão de ética no plantio e respeito com o meio ambiente e o ser humano”, conta o médico.
A alimentação biodinâmica é usada na Nutrição Antroposófica, também de Rudolf Steiner, que propõe não só a saúde física, mas também o bem estar espiritual e com respeito à natureza, como explica a nutricionista Elaine Azevedo. A proposta desta linha nutricional estimula o consumo de uma dieta lactovegetariana à base de alimentos biodinâmicos e enfatiza o consumo de alimentos integrais, in natura e frescos, utilizando produtos industrializados e processados eventualmente. “Na agricultura biodinâmica são utilizados compostos de alta diluição elaborados a partir de substâncias minerais, vegetais e animais, preparados numa perspectiva homeopática e compostos preparados com esterco, lixo orgânico e plantas medicinais, com o objetivo de balancear os nutrientes e restabelecer a qualidade da terra, desequilibrada a cada colheita”, aponta Elaine Azevedo.
CURSO
Todos estes aspectos de uma alimentação mais saudável serão ensinados durante o curso Princípios da Responsabilidade Social e Ambiental em Saúde, com ênfase em nutrição aplicados às normativas governamentais, voltado para profissionais da área da saúde e alimentação. “Vamos apresentar estudos acadêmicos que exploram a relação entre alimentos orgânicos e biodinâmicos e saúde e abordar a Nutrição Antroposófica. São temas que os cursos de graduação em saúde não oferecem e que estão presentes nas novas políticas de alimentação, nutrição e saúde”, revela Elaine Azevedo.
As aulas serão ministradas das 19h às 23h no dia 26 de abril, e das 8h às 18h no dia 27 e entre 8h e 12h no dia 28 de abril. O curso será no auditório do Hospital Instituto de Medicina e Cirurgia do Paraná – Rua Amintas de Barros, 574, Alto da XV, em Curitiba. Mais informações e inscrições pelo email [email protected], pelo telefone (41) 3324-4473 ou pelo site www.intercambiocientifico.com.br
