Pesquisa aponta assistente virtual como uma das profissões em ascensão
O alto índice de desempregados (no último trimestre, segundo o IBGE, são 12 milhões), o aumento da valorização do empreendedorismo e até a epidemia da Covid-19 ajudaram a impulsionar uma nova profissão no mercado: a de assistente virtual. De acordo com levantamento divulgado pela empresa Robert Half de consultoria em gestão de carreiras, essa atividade está entre as dez profissões apontadas como emergentes por gestores. A pesquisa foi realizada com 2.909 gerentes de operações de companhias de diversos países, sendo 300 do Brasil. Embora seja considerada uma profissão do futuro, já é uma realidade em vários estados no país.
Para a empresária e CEO da Just Virtual, Camile Just, criadora do curso “Como ser Assistente Virtual”, o grande diferencial da profissão é que não é necessário aprender novas habilidades, ou seja, o interessado pode utilizar o conhecimento profissional que já possui, trabalhando remotamente.
A assistente virtual pode fazer atendimentos pelo Whatsapp e redes sociais, organização de e-mails e agenda, controle financeiro e emissão de boletos, pesquisa e criação de apresentações, marcação e confirmação de consultas, alimentação de dados em planilhas e até cadastramento de produtos em e-commerce. “É uma profissão que está em expansão e o motivo é simples: pode ser realizada por qualquer pessoa, desde que tenha boa vontade, se esforce para fazer o seu melhor e se organize”, destaca a empresária que já formou mais de 13 mil alunos no Brasil e até no exterior.
Os principais clientes que buscam esse tipo de serviço, diz Camile, são profissionais da saúde, consultores, empreendedores de diversas áreas, professores de cursos on-line e pequenos comércios eletrônicos.
Quem tem um trabalho formal, em regime de CLT, se não quiser migrar direto para o trabalho de assistente virtual, pode levar concomitantemente as duas atividades, contudo, sem que uma interfira na outra. “É preciso ter bem definido os horários em que estará disponível e em que se comprometeu com o cliente”, destaca.
A empresária também salienta que não é preciso ter um cômodo exclusivo para a atividade, mas é necessário ter as ferramentas de trabalho à mão e muito bem ordenadas. “Se for usar a mesa de jantar, por exemplo, pode ter uma caixa onde guarda seus cadernos e pastas junto com o computador e o carregador.”
Camile comenta também que é preciso contar com a colaboração dos familiares. “A assistente virtual deve pedir para que as pessoas que moram com ela não a interrompam na sua atividade diária e nos horários em que estiver trabalhando”, diz.
Os primeiros clientes
Muitas assistentes virtuais buscam clientes que estão bem próximos, como amigos ou conhecidos. A curitibana Marina Branco, assistente virtual desde maio de 2021, transformou sua psicóloga em cliente e passou a desenvolver processos e planilhas para a gestão da clínica dela.
Outra forma de buscar clientes é busca-los em plataformas como LinkedIn. “O cliente potencial está em toda parte, tanto no mundo real quanto no virtual. É preciso enxergar além e assim, ir além”, incentiva Camile Just.
Sobre Camile Just
Camile Just é empresária e mentora de Empreendedorismo Digital, fundadora e CEO da Just Virtual, plataforma de serviços remotos e criadora do curso “Como ser Assistente Virtual” – pelo qual já passaram mais de 13 mil alunas do Brasil e de outros 24 países. Foi a ganhadora do prêmio Empreendedora Mais Popular de Curitiba.