Com que roupa eu vou?

Por Camile Triska

Qual mulher nunca olhou seu armário (abarrotado, lotado, muitas vezes cheio de roupas amassadas, jogadas, esquecidas, ignoradas) e pensou: não tenho o que vestir! Ainda mais na sexta, dia de se jogar na balada (ou dia que você costumava se jogar na balada há 10 anos). São peças e mais peças de roupas que não combinam, que estão fora de moda, que não servem e que você nem sabe por que comprou. E este é o nosso grande problema: comprar! Porque mulherada vê roupinha linda e sai comprando sem pensar em em nada – pela metade do preço, então, “me dá duas!” Depois, nada combina com nada e você se vê jogando calças, saias, blusas, casacos para todos os lados, gritando feito louca: eu não tenho roupa! Só esperando para ver se a vizinha escuta e empresta alguma coisa, se o namorado compra algo, se a avó se compadece e dá um dinheiro para uma blusinha nova…

Mas, vamos parar por aqui! Não quero começar o discurso de substitua consumo por consciência – embora eu esteja em um momento 365 dias – ou mais, sem Renner (já completando mais de um mês). Não sou especialista em moda – não sei te dizer agora, por exemplo, as grandes tendências da próxima estação, porém sempre me disseram que eu tenho roupas que combinam, que tenho bom gosto, que sou linda, loira e elegante – as vendedoras dizem isso sempre! E ficam me perguntando como consigo fazer isso. Te digo que acho bem simples! Compartilharei rapidamente algumas manias e teorias que tenho e costumam dar certo.

- A primeira regra, a mais essencial de todas, a ÚNICA que deve ser levada a sério sempre: não compre nada que você tenha que comprar outra coisa para combinar! NUNCA! Este é o principal erro de 99,99999999999% das mulheres, principalmente em época de liquidação. Não sei que loucura é essa que bate na mulherada e saem comprando tudo só porque é lindo e barato. Não tem nada que combine, não leva! Pode ser maravilhoso, te deixar magra, parecida com a Angelina Jolie, estar 75% mais barato, ser feito de ouro, não importa! Não combina com nada que você tenha, você não leva, porque nunca vai usar. E nem vem com blá blá blá, vou usar… NÃO VAI! Eu sei que não vai, já vi muita gente dizendo que iria usar e não usou, eu já fiz isso! Então, lembre que essa regra é obrigatória! Enquanto não for, você continuará com blusas de poá e calças xadrez que não combinam nem em festa junina!

- Antes de comprar, procure, fuce, chafurde, pense, repense… Já comprei muito por impulso, mas hoje, já cheguei a voltar e não achar mais a roupa do meu tamanho de tanto que fiquei pensando – melhor assim! Se você pensou tanto, tanto, tanto que não achou mais a roupa, não era para você comprar mesmo. Às vezes é o destino quem tem o bom gosto por nós!

– Eu tenho uma teoria. Ela não tem muita base científica, não! É invenção de minha cabeça, mas costuma dar certo. É o seguinte: não precisa comprar somente os básicos que não saem de moda, etc e tal. Você pode seguir uma tendência aqui, outra lá… Só cuidado para ver qual, pois algumas viram moda e outras desaparecem. Como descobrir? Vou explicar: dizem que a moda retorna a cada 20 anos, logo, agora estamos nos anos 90 misturado com os anos 70 misturado, com os anos 50 e por aí vai… Dê uma olhadinha, uma pesquisadinha nas principais tendências que viraram moda nestas épocas. Geralmente, é mais ou menos aquilo que perdura por uma década. Então, o macacão que voltou uns anos atrás, eu resolvi comprar, pois já que usavam bastante nos anos 70, ainda vai continuar sendo usado nesta década inteira. Tem dando certo, eles continuam meio por aí! E tem algumas peças que sempre vale a pena ter, porque são lindas e sempre tem algum estilista resgatando, como uma saia rodada cheia de pregas – sempre tem essa onda lady de se vestir.

- Porém, o que ainda acredito ser mais importante é: aprenda a misturar. Chanel já ensinou isso, continue usando. Você vai ver que as roupas no seu armário combinam muito mais do que você pensa! Ouse um pouco, prove, olhe no espelho, use o senso crítico (quer dizer, não saia com bolsa e blusa da mesma cor). Use colar de pérolas com coturno, jeans rasgado com camisa de seda, verde com lilás, vestido de festa com cardigan básico de lã, dois lenços ao invés de um só, sapatilha com vestido formal, scarpin com camiseta e calça jeans, meia calça colorida (é lindo, quase ninguém usa!) ou terninho com tênis – só não aquele tênis de correr maratona, por que, alguém me diz, que mania é essa que esse povo têm de usar tênis de corrida para trabalhar, hein? Tênis é para viagens, atividades físicas! Sapatilha também é confortável, minha gente!

E uma última dica: só use aquela roupa com a qual se sentir bem! Não gostou, achou estranho, não compre! A vendedora pode te elogiar, tua amiga achar lindo, não são elas que vão usar! Por isso mesmo, tenho uma mania: compro roupas sozinha! Porque se eu sei que se não tenho nada que combine com aquela blusa, não sou eu quem vai ficar falando para mim mesma levar a blusa só porque é linda ou está barata, pois eu sei que eu não tenho nada que combinará com ela!

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