A consultoria empresarial é algo cada vez mais difundido entre as empresas. Mas, qual é o papel do consultor? A psicóloga e consultora estratégica em gestão de pessoas, Gisele Meter, explica que o consultor estabelece uma relação que possibilita à empresa a descoberta de sua capacidade para utilizar seus processos em prol do crescimento e mudança. “O consultor precisa ter percepção e feeling, além de uma visão sistêmica, porque apesar de ser uma consultoria empresarial, por trás das empresas estão pessoas e essa relação deve ser considerada para a eficácia da consultoria”, define a psicóloga que faz uma análise sobre o tema no livro Consultoria Empresarial – Métodos e cases dos campeões, que reúne artigos dos maiores consultores do Brasil.
Embora cada consultor possua sua própria filosofia e método de trabalho, a consultoria segue uma espécie de roteiro, revela a psicóloga, com as etapas de identificação e demanda, entrada e contato, diagnóstico, planejamento, ação, acompanhamento e avaliação. Também é possível acrescentar o desligamento do consultor como parte do processo. “O consultor faz uma ‘leitura’ do ambiente para descobrir o que a empresa precisa. Para isso, busca informações, levanta hipóteses, conhece os funcionários e os processos internos. A partir daí, deve transmitir otimismo e confiança para orientar o cliente para que veja a situação sob outra perspectiva, mas sem perder o foco nos resultados”, esclarece Gisele Meter enfatizando que é fundamental a conscientização de todos os envolvidos, pois o sucesso da consultoria depende da ação dos participantes.
E que características deve ter um consultor? A psicóloga aponta o pensamento estratégico como uma qualidade importante. “As empresas têm regras e é preciso entendê-las para programar as ações estratégicas. Mas, também é preciso estar preparado para trabalhar com o elemento surpresa, afinal, há momentos em que podem ocorrer situações atípicas e saber conduzi-las faz toda a diferença para se alcançar os resultados esperados”, afirma a psicóloga. A comunicação é outro requisito importante. “Mais do que apenas falar, o profissional tem que saber se expressar de forma que todos compreendam o que ele quer dizer”, observa.
Outra habilidade imprescindível para um consultor, de acordo com a psicóloga, é a empatia, que é a identificação com o que o outro sente. “É a capacidade de se colocar no lugar do outro, “olhando com os olhos” do cliente”, expõe a consultora e acrescenta: “Compreender essa dinâmica é entender quais são as “regras do jogo” e assim, vislumbrar com clareza a estratégia de ação para a mudança”, assegura Gisele Meter.
Sobre Gisele Meter
Gisele Meter é psicóloga CRP 08/18389, empresária, diretora executiva de Recursos Humanos, palestrante, consultora estratégica em gestão de pessoas e gestão de mudança organizacional. Colunista de portais e sites voltados ao público feminino e de Administração, ela também é a idealizadora do método Life® – Liderança Feminina Estratégica para o desenvolvimento de líderes nas empresas.
