O presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, e o diretor da regional Paraná, Álvaro Dias Júnior, apresentaram nesta quarta, 20, o “Perfil Industrial do Setor Elétrico e Eletrônico no Paraná”, que traça o tamanho exato e a personalidade das empresas instaladas no Estado – importante polo industrial eletroeletrônico brasileiro, no “Café da manhã com o Presidente”, ocorrido no Cietep. Fazem parte do levantamento o estudo “Distribuição Espacial e Setorial da Indústria Elétrica e Eletrônica do Paraná 2010-2011” e a “Sondagem Setorial 2011-2012”, que contém as expectativas para este ano, de acordo com a opinião dos industriais do setor. “A perspectiva é de que o faturamento da indústria cresça 11% em relação a 2011. O país começa a viver um novo momento e a indústria está voltando a ser prioridade para o governo”, afirmou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
No estudo “Distribuição Espacial e Setorial da Indústria Elétrica e Eletrônica do Paraná 2010 – 2011” – segunda pesquisa feita no estado para mapear a distribuição demográfica das empresas, foram divulgados as dez principais meso e microrregiões, a quantidade de estabelecimentos e geração de empregos, participação nas vendas e importação e exportação de produtos.
Os resultados mostram que o setor eletroeletrônico emprega no Paraná 34.624 trabalhadores, 504 postos a mais do que na pesquisa apresentada no ano passado (34.120), referente a 2009 – 2010. Embora Curitiba e região ainda sejam os maiores empregadores (com 24.543 trabalhadores), perderam 523 postos de trabalho em relação ao levantamento anterior (25.066 trabalhadores). Pato Branco foi o município que mais cresceu em número de geração de empregos: passou de 1.606 postos de trabalho para 2.355, oriundos de 20 empresas.
As principais mesorregiões apresentaram o mesmo volume de vendas em relação ao último levantamento: 82,32% (capital e região), sudoeste (8,37%) e norte central (6,62%). De 2010 a 2011, o volume total de vendas cresceu de R$ 11.209.038 bilhões para R$ 11.938.746 bilhões, as exportações caíram de US$ 243.500 milhões para US$ 188.180.730 milhões e as importações aumentaram de US$ 1.207.000 bilhões para US$ 1.703.298 bilhões.
Expectativa
A Sondagem Setorial realizada revela que os empresários têm boas perspectivas com relação ao desempenho do setor em 2012. Para os pequenos e microempresários do total dos entrevistados, 82,14% se consideram otimistas, contra 7,14% de pessimistas e 10,71% ainda sem definição. Os com expectativa favorável para 2012 indicam que ocorrerão: novos investimentos (39,06%), aumento das vendas (37,50%) e de emprego (23,44%).
Entre os médios e grandes empresários, 85% deles têm expectativas favoráveis para 2012, contra 5% que consideram desfavorável e 10% indefinidos. Os com expectativa favorável para 2012 indicam que ocorrerão: novos investimentos (40,54%), aumento das vendas (45,95%) e de emprego (13,51%). “Quanto ao nível de emprego, os empresários demonstram-se mais céticos, pois o aumento do emprego corresponde a pouco mais da metade dos outros itens. Estes resultados levam a crer na continuidade do processo de transformação estrutural da indústria, diante da necessidade de incorporar novos padrões tecnológicos e uma cultura de competitividade crescente”, explicou o diretor regional da Abinee, Álvaro Dias Júnior. “Em outras palavras, nossa pesquisa releva que é preciso investir mais em mão de obra especializada e também em inovação tecnológica”, ressaltou.
A sondagem revelou ainda que os empresários em geral acreditam que o desenvolvimento de negócios e satisfação dos clientes são preponderantes. Independente do tamanho da empresa, foi concluído que todos consideram o desenvolvimento dos negócios como a estratégia de maior importância para 2012, citado pela maioria tanto dos micro e pequenos (52,5%) quanto dos médios e grandes (68,18%). O segundo tema mais relevante também é um consenso: a satisfação cliente, indicada por 35% dos pequenos e micros, e 63,64% dos médios e grandes empresários.
Na hora de investir, as empresas destinarão os recursos para diversas áreas. Para os pequenos e microempresários, o desenvolvimento de produtos (52,50%) e a qualidade (45%) são os fatores que mais precisam receber recursos. As médias e grandes empresas já citaram a melhoria do processo (68,18%) e a modernização tecnológica (50%) como prioridades de investimento.
Ao todo, foram ouvidas 667 empresas do setor elétrico e eletrônico, que representam os segmentos de: automação industrial, componentes, equipamentos industriais, GTD (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica), informática, material de instalação, telecomunicações e utilidades domésticas.